O planejamento de uma alimentação baseada em vegetais deve obter todos os nutrientes específicos para cada tipo de pessoa, com a sua rotina e demanda energética. Ela precisa ser colorida, com mais sementes, nozes, castanhas, frutas, vegetais folhosos verde escuro, grãos integrais e leguminosas.
A alimentação vegetariana estrita ou ovo lacto, possui inúmeros benefícios à saúde como melhora do perfil lipídico, menor risco de AVC, menor risco para o Diabetes Melittus tipo II, sobrepeso e doenças cardiovasculares.
Esses benefícios estão relacionados ao consumo regular de frutas, vegetais, ou seja, alimentos frescos in natura e com baixo consumo de industrializados.
Sendo assim, ao parar de comer carne, você pode incluir na rotina batata frita, hambúrguer de soja pré frito e com vários aditivos químicos, ultraprocessadores de origem vegetal, açúcares e doces em geral, gorduras refinadas, ou seja, os hábitos alimentares vegetarianos não necessariamente são saudáveis.
Além de bom para a saúde, o vegetarianismo é um ótimo meio de proteger o meio ambiente.
Incluir os vegetais como prato principal é uma arte e eu fico muito feliz em usá-la na minha prática clínica.
A fonte proteica do reino vegetal é encontrado em todos os alimentos e gera uma grande dúvida em saber se a substituição da carne está correta. Alguns alimentos contam com uma quantidade maior e outros em uma quantidade menor de proteína. A composição do prato se faz divindo o prato em quatro partes. Duas delas é composto por legumes, saladas e folhas, as quais podem ser cruas, cozidas, assadas ou refogadas.
A metade restante do prato é composto com o combo de cereais e as leguminosas. Os cereais são o arroz, o macarrão, a quinoa, a cevada, o amaranto. As leguminosas são os feijões, a lentilha, o grão de bico, o edamame, a ervilha, o amendoim e a soja e os seus subprodutos.
Para melhorarmos a absorção do ferro contido nas leguminosas, idealmente deve-se acrescentar uma fruta cítrica juntamente com a refeição ou logo em seguida. Essa fruta pode ser no formato de suco ou natural.
As boas gorduras também devem estar presentes na refeição, no formato de sementes (de abóbora, gergelim, linhaça, chia, girassol), oleaginosas (castanha de caju, castanha do pará, amêndoas, pistache, macadâmia), frutas oleosas (abacate e coco) e gorduras vegetais (azeite de oliva e óleos vegetais).
No nosso organismo 99% do cálcio está concentrado nos ossos e nos dentes e 1% está na circulação, e serve para a coagulação do sangue, relaxamento e contração dos músculos, bem como o funcionamento do sistema nervoso e na regulação do metabolismo celular.
Os níveis de cálcio no sangue têm de ser constantes. Então, se começar a faltar cálcio, o organismo vai melhorar a sua absorção e, se necessário, vai retirar cálcio do osso para manter esse equilíbrio.
As principais fontes vegetais são os folhosos verde escuros (como couve e agrião), bebida vegetais enriquecidas, "iogurtes vegetais" enriquecidos, tofu, semente de gergelim, tahine (pasta de gergelim) e semente de chia.
Mas além de saber quais as melhores fontes de cálcio, precisamos conhecer os fatores que podem prejudicar a sua absorção. Em primeiro lugar, os oxalatos que são nutrientes existentes no reino vegetal, como no espinafre, nas folhas da beterraba e nas acelgas, mas escaldar esses alimentos ajuda a reduzir as quantidades de oxalatos. O consumo de mais de 3 xícaras de café por dia também pode ser prejudicial. O excesso de sal que adicionamos aos alimentos, bem como o consumo de alimentos ultraprocessados podem atrapalhar a absorção de cálcio. Também posso pontuar o excesso de proteínas e a falta de vitamina D.
Para melhorar a nossa saúde óssea é importante que tenhamos um aporte adequado de proteína, cálcio, vitamina D, K, B12 e protéico. Quanto mais variado o nosso consumo de frutas e vegetais, maior vai ser a nossa ingestão de nutrientes. A prática regular de exercícios físicos também promove uma boa saúde óssea. Importante lembrar para evitar o excesso de sal, café, refrigerantes, bebidas alcoolicas, bem como não fumar e ter uma boa saúde intestinal.